BRASAS DO CLUBE

Vamos deixar que o próprio Glauber conte a história de sua Brasília:

"Essa é a brasa que tem uma longa história na família: ano 80, adquirida por meu pai em 82, ano do meu nascimento.

Morávamos na Mooca-SP e lembro bem das idas e vindas da casa de familiares, passeios, feiras, trabalhos e etc.. Nos anos 90, meus pais decidiram retornar à terra natal (Sergipe), e lá fomos nós de “VW Brasília 1600” de São Paulo-SP à Aracaju-SE... e depois para uma pequena cidade do estado onde, por muito tempo, a mesma nos levou, por muitas estradas enlamaçadas e esburacadas.

Sem fazer nenhuma reforma na parte externa, mas com mecânica impecável, toda original de cor cinza granizo mas muito sofrida de desgaste do tempo de uso, depois de quase 30 anos foram trocados os dois carburadores por um 1600. O escapamento original também foi trocado por outro original, o velho platinado foi substituído pela ignição eletrônica e um alternador mais novo. Depois de muito conversar com meu pai (que por sinal é muito conservador e não troca nem vende a brasa) decidimos mandá-la para uma reforma geral (não mandamos fazer na nossa cidade, onde há um descaso com carros antigos!). O detalhe foi a cara de espanto do chapista ou funileiro (como queiram chamar) quando ficou sabendo que seria o primeiro serviço de pintura dela, ou seja, ainda estava na pintura original e nunca foi batida. Levou um mês para sair de cara nova... rsrsr

De cor nova, do cinza granizo para o cinza espacial ou cinza metálico, a escolha da cor foi pra deixar algo diferente no ar da velha-nova brasa. As rodas originais estavam muito prejudicadas, cheias de podres e ferrugens, só se salvando a do estepe. Por isso, a adição de rodas modernas aro 15 do Vectra com pneus 195/60/15. Agora estamos aos poucos tentando reformar a parte interior do carro. O engraçado é que algumas coisas passam despercebidas: tenho algumas fotos de família dos anos 80 onde a brasa aparece, dos anos 90 deve existir alguma também, mas dos anos 2000 tenho certeza que não tenho. “Brasília era sinônimo de carro feio!” No mês de reforma a câmera digital estava quebrada e não deu pra tirar nenhuma foto decente: só três horríveis no celular, com o detalhe de que o carro ainda não tinha sido lavado após a pintura, e estava todo empoeirado por conta da estrada do sitio.

Mesmo assim, no primeiro passeio pela rua chamou atenção de curiosos em saber que carro era aquele (a moçada dos carros modernos não conhece esse integrante da família boxer). Também aqui temos que andar no mínimo 100 km para ver outro VW desse. Vinte anos morando aqui contei nos dedos as que vi: somente seis, sendo uma delas, por sinal, quatro portas preta, que um dono de ferro velho matou há mais ou menos oito anos atrás..."